Professores da alfabetização infantil de sete municípios participarão, de 26 a 30 de abril, em Nova Iguaçu, do curso "Correção do fluxo escolar na alfabetização". Promovido pelo Ministério da Educação, o encontro tem como objetivo capacitar os profissionais para corrigir as distorções série/idade em turmas do 3º ano do Ensino Fundamental, antiga 2ª série. Só na rede iguaçuana 3.200 estudantes estão nesta situação. O curso será ministrado pelo Grupo de Estudos Sobre Metodologia de Pesquisa e Ação (GEEMPA) – que tem uma proposta semelhante à do Bairro-Escola, programa de horário integral de Nova Iguaçu – e acontecerá na Universidade Geraldo di Biase – Rua Antenor de Moura Raunheitti, nº 152 –, das 8h às 12h e das 14 às 18h.
De acordo com o secretário adjunto Pedagógico de Nova Iguaçu, Mario Pires Simão, há casos de alunos com até três anos de defasagem com relação à série que deveria cursar. "Alguns alunos chegam ao 3ª ano do Ensino Fundamental com 12 anos de idade e sem saber ler", lamenta, esclarecendo que fatores cognitivos – dificuldade no entendimento da informação –, sociais, estrutura da escola e alunos que começam a estudar tardiamente também influenciam. Segundo o secretário, em tese, as crianças ingressam na escola aos seis anos de idade para cursar o primeiro ano. Ao final desta fase, e no segundo ano, já deveriam ser o que chamam de "aluno leitor" mas, na prática, isto não ocorre para todos.
Durante os cinco dias de formação, os cerca de 150 professores de Araruama, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, São João da Barra, Cariacica (ES) e Nova Iguaçu serão organizados em grupos onde terão didática da alfabetização, psicogênese da organização das sílabas na alfabetização, aspectos antropológicos do aprender, didática da matemática e outras atividades. A grade incluí ainda a participação de mestres em Educação, em psicologia cognitiva e doutores nas áreas de Antropologia, de Pediatria e em Psicanálise, além de atividades culturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário