Brasil Alfabetizado promove inclusão

Acompanhados de familiares e amigos, cerca de 800 pessoas receberam, na noite desta quinta-feira, o certificado de conclusão do curso de alfabetização de adultos do Programa Brasil Alfabetizado que desde 2005, em Nova Iguaçu, tirou do analfabetismo 21 mil jovens e adultos. Pela terceira vez, a prefeita Sheila Gama fez questão de prestigiar os formandos. “Nunca parem de sonhar. Vocês podem chegar até a universidade. Só depende de vocês”, disse a prefeita, que se emocionou com os alfabetizandos Vagner Carvalho Vieira e Andréia Damasceno Dutra, portadores de deficiência auditiva e Síndrome de Down respectivamente.



Madrinha da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), a prefeita falou da dificuldade dos pais em levar seus filhos para as instituições por falta de recursos. Andréia Dutra, 38 anos, retornou para a sala de aula por contar com o apoio da mãe, que se matriculou com a filha para ter a satisfação de vê-la alfabetizada. “Até os 21 anos ela estudou, mas não teve muito sucesso. Tinha muitas crises e tive que tira-la da escola. Agora fomos juntos e vencemos esta etapa”, contou a mãe, que recebeu o certificado junto com a filha.



“Esta é uma grande conquista de vocês. A educação traz grandes possibilidades e vocês podem avançar cada vez mais”, disse a secretária de Educação Dilcéia da Rocha Quintela, que falou ainda da equipe que está em Brasília tratando de programa como o Brasil Alfabetizado e ProJovem. Da solenidade participaram ainda, o vereador Carlos Ferreira, a subscretária de projetos Especiais, Marciana Moreira e a professora Eliana Maia, do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação.



Depoimentos



Outra história emocionante é a do aposentado Sebastião Geraldo da Silva, 66 anos. “Pareceu que eu nasci de novo. Eu vivia como cego e agora posso ver. Tenho novo documento de identidade assinado por mim”, relatou emocionado ao mostrar a antiga identidade sem assinatura.



Para o sobrinho da aposentada Isaura da Silva, 60, anos, a formatura da tia é um exemplo. “Estou feliz porque minha tia já está lendo e não vai depender de ninguém para ver o itinerário do ônibus”, explicou o adolescente José Carlos Correia da Silva, 14 anos.