quarta-feira, 2 de maio de 2012

Material reciclado ajuda aprendizado de alunos especiais

Para auxiliar o trabalho pedagógico dos alunos com necessidades educacionais especiais, duas professoras do Centro Municipal de Educação Especial Paul Harris, em Nova Iguaçu, transformam mangueira de gasolina, garrafas pet, botões, retalhos e outros produtos em material pedagógico. A escola da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu atende crianças com hidrocefalia, paralisados cerebrais, cadeirantes, deficientes intelectuais, portadores de síndromes, deficientes auditivos e outros, em turmas regulares. É a chamada inclusão.
Além de participarem das atividades das classes regulares, estes estudantes recebem atendimento educacional especializado nas salas de recursos, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). E é ai que entram as professoras Maira de Souza Rocha e Raquel Mendes Nery Silva.
Maira é psicopedagoga e Raquel tem formação em educação especial. Juntas as duas desenvolvem ações com materiais adaptados e tecnologias assistivas, o que permite alunos paralisados e com limitação motora, por exemplo, a se manterem firmes em cadeiras com apoio de coletes e cintos com velcro. Elas utilizam mangueiras de chuveiro, de gasolina, emborrachados para engrossar lápis para dar mais firmeza e precisão na escrita das crianças e adolescentes.
"Primeiro conhecemos as crianças e fazemos entrevistas com os pais. Fazemos avaliações constantes e trabalhamos com as tecnologias assistidas. Precisamos da parceria dos pais. Cada passo é precioso", explicou a professora Maira.
Apesar da simplicidade dos produtos, eles são úteis e necessários no cotidiano escolar dos alunos com determinadas limitações físicas. Algumas crianças utilizam ainda os tubos de plástico para digitar com a boca, já que não possuem movimentos dos braços. Algumas vezes estes recursos são adaptados à testa , como se fosse um capacete, também como forma de permitir que o estudante possa participar das aulas e atividades nos computadores.
Na sala de recursos elas trabalham ainda estimulação tátil, auditiva e os sentidos de forma geral. Isto faz com que o aluno desenvolva de forma plena, além de estimular sua capacidade cognitiva, ou seja, o aprendizado, a atenção, na organização de pensamento, tomada de decisões entre outras habilidades.

Um comentário:

  1. Parabéns a Maira (que já conheço e sei de todo seu potencial e compromisso com a educação pública de qualidade) e a Raquel (que, com certeza, tem o mesmo compromisso que a Maira). Excelente trabalho! Queremos vocês no nosso curso de extensão "Alfabetizar e Letrar". Entrem em contato comigo para acertarmos a participação de vocês. Grande abraço.
    ivanamaro1967@gmail. com
    Prof. Ivan Amaro (FEBF-UERJ)

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