Para
auxiliar o trabalho pedagógico dos alunos com necessidades educacionais
especiais, duas professoras do Centro Municipal de Educação Especial
Paul Harris, em Nova Iguaçu, transformam mangueira de gasolina, garrafas
pet, botões, retalhos e outros produtos em material pedagógico. A
escola da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu atende crianças com
hidrocefalia, paralisados cerebrais, cadeirantes, deficientes
intelectuais, portadores de síndromes, deficientes auditivos e outros,
em turmas regulares. É a chamada inclusão.
Além
de participarem das atividades das classes regulares, estes estudantes
recebem atendimento educacional especializado nas salas de recursos,
como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). E é ai que
entram as professoras Maira de Souza Rocha e Raquel Mendes Nery Silva.
Maira
é psicopedagoga e Raquel tem formação em educação especial. Juntas as
duas desenvolvem ações com materiais adaptados e tecnologias assistivas,
o que permite alunos paralisados e com limitação motora, por exemplo, a
se manterem firmes em cadeiras com apoio de coletes e cintos com
velcro. Elas utilizam mangueiras de chuveiro, de gasolina, emborrachados
para engrossar lápis para dar mais firmeza e precisão na escrita das
crianças e adolescentes.
"Primeiro
conhecemos as crianças e fazemos entrevistas com os pais. Fazemos
avaliações constantes e trabalhamos com as tecnologias assistidas.
Precisamos da parceria dos pais. Cada passo é precioso", explicou a
professora Maira.
Apesar
da simplicidade dos produtos, eles são úteis e necessários no cotidiano
escolar dos alunos com determinadas limitações físicas. Algumas
crianças utilizam ainda os tubos de plástico para digitar com a boca, já
que não possuem movimentos dos braços. Algumas vezes estes recursos são
adaptados à testa , como se fosse um capacete, também como forma de
permitir que o estudante possa participar das aulas e atividades nos
computadores.
Na
sala de recursos elas trabalham ainda estimulação tátil, auditiva e os
sentidos de forma geral. Isto faz com que o aluno desenvolva de forma
plena, além de estimular sua capacidade cognitiva, ou seja, o
aprendizado, a atenção, na organização de pensamento, tomada de decisões
entre outras habilidades.
Parabéns a Maira (que já conheço e sei de todo seu potencial e compromisso com a educação pública de qualidade) e a Raquel (que, com certeza, tem o mesmo compromisso que a Maira). Excelente trabalho! Queremos vocês no nosso curso de extensão "Alfabetizar e Letrar". Entrem em contato comigo para acertarmos a participação de vocês. Grande abraço.
ResponderExcluirivanamaro1967@gmail. com
Prof. Ivan Amaro (FEBF-UERJ)