quinta-feira, 17 de junho de 2010

Rural terá curso de licenciatura em educação no campo




A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Campi-UFRRJ) em Nova Iguaçu vai aprovar na nesta sexta-feira, 18 de junho a criação do curso de Licenciatura em Educação no Campo. O anúncio foi feito durante o Fórum Municipal da Educação no Campo, promovido pela Secretaria Municipal de Educação com a participação da sociedade civil, Movimento Social da Terra (MST), Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) e outras entidades ligadas a terra.

O Fórum aconteceu na tarde desta quarta-feira na UFRRJ e discutiu a adaptação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas 12 escolas de campo de Nova Iguaçu. A abertura foi feita pelo Secretário Adjunto Pedagógico, Reginaldo Bastos, que falou do empenho da nova equipe para dar qualidade à educação de Nova Iguaçu. “A educação é o caminho para a liberdade humana”, enfatizou. Ele também falou da importância de a escola estar inserida no contexto local, referindo-se as particularidades das escolas de campo, cujas entidades e professores defendem um currículo diferenciado nas unidades escolares instaladas nas áreas urbanas.

Durante três horas foram debatidos três eixos temáticos: educação, trabalho e território.
No caso da educação, a professora de história da UFRRJ, Roberta Lobo, lembrou que as conquistas do campo sempre foram marcadas pela organização e luta. Foi dela também a notícia de que Rural terá no segundo semestre o curso de licenciatura de educação no campo voltado para assentados e filhos de assentados rurais com 60 vagas para todo o estado do Rio de Janeiro. Também acontecerá na Rural, um curso de extensão em educação e direitos humanos.

Já Ana Beatriz Carvalho, da direção estadual do MST, falou da relação do trabalho e educação. Para ela, o trabalho deve ser humaniza dor e não alienante. “O trabalho no campo é visto como princípio educativo nas relações de convivência. Não tem caráter explorativo”, disse Ana, citando preocupação com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela também defende um currículo contextualizado com sujeitos do campo.

No caso do território, a subsecretária de Agricultura, Ana Paula Guimarães, falou da importância da valorização do campo na área da produção agrícola. Só para se ter uma idéia, a cidade chega a movimentar R$ 10 milhões/ano através da agricultura familiar.

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