quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Encerramento de seminário atraiu 200 pessoas na Estácio de Sá


Cerca de 200 pessoas entre professores, pais e estudantes participaram nesta quinta-feira, dia 06, do painel “Ensino: dimensão linguística e estratégias de ensino”, pelo último dia do I Seminário sobre Educação e Surdez. Foram discutidas a interdisciplinaridade, fundamentação teórica, estratégias de ensino que visam a maior participação do aluno e a necessidade do ensino do português, além da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O seminário teve início nesta quarta-feira, dia 5, na Universidade Estácio de Sá e foi uma parceria entre a Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), o Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Napes) da Coordenadoria Regional Metropolitana I e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Segundo Elaine da Rocha Baptista, uma das palestrantes do painel, o profissional de educação precisa buscar vários caminhos para lidar com as crianças surdas. Ela contou que quando começou a dar aulas para este grupo de crianças teve dificuldade, já que estava acostumada com crianças com audição plena.

Atuando no INES há 20 anos, Elaine afirmou que o ensino de Libras deve ser priorizado para as crianças adquiram conhecimento e não fiquem à margem da sociedade. “A libras é a primeira língua que os surdos têm contato, mas também precisam aprender o português para que tenham o desenvolvimento cognitivo e intelectual”, afirmou a professora.

De acordo com Vera Lucia Emilião, que também é do INES, a aprendizagem de uma segunda língua garante o acesso às informações e ao conhecimento, além de oferecer mais autonomia e ampliação das escolhas. Segundo ela, os alunos precisam ler e escrever.

Mãe do pequeno Felipe Teixeira, oito anos, a dona-de-casa Márcia Cristina Teixeira, contou que o seminário foi esclarecedor. Para ela, a Libras é fundamental para o desenvolvimento e socialização das crianças com surdez e todos devem trabalhar neste sentido. “Meu filho estuda em uma escola com distorção de idades e isto dificulta o aprendizado dele. Meu filho estuda em uma turma com alunos de até 14 anos e estão mais avançados na alfabetização”, disse Márcia.

Segundo Solange Vianna, que integra a equipe de Educação Inclusiva da Semed, o seminário tem uma receptividade excelente. “Para muitos profissionais esta foi a primeira vez que puderam participar de uma formação deste tipo. Eles só tinham o conhecimento superficial do trabalho com crianças surdas”, concluiu Solange.

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