Estudantes de Nova Iguaçu discutem racismo

Visando discutir a temática do racismo na infância e adolescência, a Ong Se Essa Rua Fosse Minha, em parceria com a Prefeitura de Nova Iguaçu, realiza hoje a Ciranda das Diversidades. Realizado na Universidade Geraldo Di Biase (UGB), o encontro contará com estudantes do 5º ao 9º ano de quatro escolas das redes municipais de ensino de Nova Iguaçu e de outros 19 municípios.

O Objetivo do encontro é ouvir e fazer um levantamento das percepções que os estudantes das redes municipais têm sobre o racismo, as manifestações e os impactos na rotina escolar. O resultado deste encontro será apresentado por uma delegação de crianças e adolescentes na abertura da 2ª Jornada de Educação para promoção da Igualdade Racial Por Uma Infância Sem Racismo, que será realizada nos dias 4, 5 e 6 de novembro na Universidade de Iguaçu, Unig.

Segundo Denise Fernandes, da assessoria de formação da Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu (Semed), o encontro terá a participação de dos estudantes das Escolas Municipais Ivonete dos Santos Alves, Manoel João Gonçalves, Souza e Melo, Professora Venina Correa Torres, Doutor José Brigagão Ferreira e Professor Márcio Caulino Soares. “Estas unidades escolares já realizam projetos que valorizam a cultura negra e busca mostrar aos estudantes a importância de conviver com as diferenças”, afirmou Denise.

Para José Reginaldo Bastos da Cruz, secretário adjunto pedagógico, o encontro é importante porque a Secretaria Municipal de Educação (Semed) realiza projetos desde 2006 que visam a valorização da cultura africana e propõe reflexão entre alunos e a comunidade escolar sobre o tema. “O fato das crianças discutirem é importante porque queremos perceber o impacto do racismo no cotidiano escolar”, afirmou o secretário.

Ainda segundo José Reginaldo, a Semed está ampliando o compromisso na implantação das leis 10.639 e 11.645/08, que tratam da divulgação da história de afirmações positivas dos negros e índios. “Este ano a Prefeitura realizou em nossas escolas a exposição itinerante “João Cândido – A luta pelos direitos humanos”, e no ano passado o projeto “Olhares Iguaçuanos: Retratos de um Brasil em preto e branco” que resgatou a valorização da autoestima dos estudantes”, concluiu José Reginaldo.