quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Ciranda das Diversidades reúne estudantes contra o racismo
Estudantes da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu e de outros municípios participaram nesta quarta-feira, dia 19, na Universidade Geraldo Di Biase (UGB), da Ciranda das Diversidades. O evento faz parte da 2ª Jornada de Educação para Promoção da Igualdade Racial, que será realizada nos dias 4, 5 e 6 de novembro na Universidade de Iguaçu (UNIG) em parceria com a Ong Se Essa Rua Fosse Minha.
A Ciranda serviu para os estudantes apontarem como vêem o racismo e como esta prática influencia na rotina escolar. O encontro reuniu alunos de cidades como Belford Roxo, Duque de Caxias, São Gonçalo, Mesquita e Japeri. Além do bate-papo foram feitas apresentações de dança e música.
A secretária de Educação de Nova Iguaçu, Dilceia Quintela, agradeceu a oportunidade de a cidade sediar a 2ª Jornada de Educação para Promoção da Igualdade Racial. "O fato de ser realizada em uma cidade da Baixada Fluminense, mostra a preocupação dos municípios da região com o racismo", disse Dilceia, acrescentando que em julho a prefeita Sheila Gama instituiu a reserva de 20% das vagas em concursos para afrodescendentes e indígenas, sendo a primeira cidade do estado a adotar este sistema.
César Marques, da Ong Se essa rua fosse minha, informou que as propostas originadas na Ciranda serão discutidas por professores na jornada que acontece em novembro. "Precisamos preparar as nossas crianças para que no futuro não tenhamos tantas manifestações racistas", concluiu César.
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Jacques Schwarzstein, ficou entusiasmado com a presença dos estudantes na Ciranda. "Vamos discutir a origem diferente de cada um e a convivência entre todos. Esperamos que eles aprendam a importância do respeito com o próximo e, consequentemente, passe para seus familiares e colegas", falou Jacques.
A equipe de Formação da Semed realizou oficinas de ilustração de um baobá, árvore de grande porte, proveniente das estepes africanas e regiões semi-áridas de Madagascar. A garotada colocou palavras na árvore e participou de contação de histórias e teias de ideias, simbolizando a força da coletividade. Aluna do 8º ano da Escola Municipal Ary Schiavo, de Japeri, Beatriz Ferreira ficou feliz por participar das oficinas. "Eu sofri preconceito tanto na escola como na rua. Acredito que a oficina que me ajudou bastante na elaboração as propostas que serão discutidas na jornada, além de colocar o que penso", afirmou Beatriz.
Diretora da Escola Municipal Professor Marcio Caulino Soares, Mariângela Soares acredita que o alvo da 2ª jornada de educação para promoção da igualdade racial são as própria crianças, já que representam o começo de tudo. "O adulto já tem seus conceitos estabelecidos e as crianças ainda estão em formação. Acho que começando com as crianças o princípio do respeito nós teremos um futuro melhor", concluiu a diretora.
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