Com apresentações culturais, estudantes de escolas do Rio e Baixada Fluminense mostraram que estão conscientes da luta contra o racismo e desigualdade social. Eles participaram da abertura da II Jornada de Educação para a Promoção da Igualdade Racial, aberta hoje pela manhã na Universidade de Iguaçu e que vai até domingo às 16h. A parte cultural foi uma mistura de música e dramatização preparada por alunos e professores das Escolas Municipais Ivonete dos Santos Alves (Nova Iguaçu). Parque Capivari (Caxias) e Armazém de Ideias e Artes Comunitárias (Rio).
A Jornada cujo tema é "Por uma Infância sem Racismo", com apoio da Unicef, terá quatro mesas de debates e oito grupos de trabalhos nos três dias do evento. Nesta sexta-feira, a primeira mesa contou com as participações da Historiadora e Pesquisador da Petrobrás, Wania Sant'Anna e do Professor de Afirmações positivas, da PUC e Procurador Geral da Prefeitura de Nova Iguaçu, Augusto Werneck, que deram uma verdadeira aula de história, revelando questões históricas e atuais e fortalecem a prática do racismo. Jaques Schwarzstein - Especialista de Programas do Unicef, foi o mediador.
O evento foi aberto pela prefeita Sheila Gama, que em 5 de julho assinou decreto instituindo 20% das vagas em concurso público para afrodescendentes e indígenas. Para a prefeita, o preconceito só vai acabar quando a discussão sobre o tema for para as escolas. "Nova Iguaçu já trabalha a Lei 10.639. O mais importante é que as crianças discutam e mostrem qual o sentimento delas", afirmou a prefeita, ao se referir a "Ciranda das Diversidades" que aconteceu no dia 19 de outubro na Universidade Geraldo di Biase.
Já a secretária Municipal de Educação de Nova Iguaçu, Sandra Gusmão, lembrou que implementação da Lei 10.639, que trata das questões afirmativas da história africana e indígena está na grade curricular desde o ano de 2006. Também participaram da Jornada, o presidente da comissão de educação da Câmara de Vereadores, vereador Carlos Ferreira, do Secretário da Cidade, Rogério Namen, Cristiana Sousa Peçanha, representando Flávio Decá , diretor-presidente de Furnas Centrais Elétricas S.A; Cesar Marques, presidente da Ong Se Essa Rua Foose Minha, que organiza o evento e da coordenadora da Coordenadoria de Políticas de Igualdade Racial, Deise Marcelo.
Programação
Neste sábado, os mais de 300 inscritos terão, a partir das 8h, assistirão "Contadores de Histórias Indígenas e Africanas", além de mesa de debate com Selma Maria da Silva, da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e Renato Nogueira Junior da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). "Religiosidade"; "Artes e Linguagens"; "Literaturas para crianças e adolescentes" e "Imagem e Mídia" estão entre os temas que serão discutidos nos grupos de trabalho, às 14h.
Já no domingo "Educando para a Igualdade Racial: desafios e compromissos políticos, acadêmicos, pedagógicos e culturais" será o tema da mesa de debate a partir das 9h. Esta mesa contará com Elói Santos, da Fundação Palmares e Luiz Claudio Barcellos, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial entre outras ações.
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