A emoção
tomou conta das centenas de pessoas que participaram na noite desta
quinta-feira, 27/11, da formatura dos alunos do Programa Brasil Alfabetizado,
no auditório da UNIG. Tudo por conta do depoimento de Marli da Costa, que
relatou sua alegria em poder assinar o próprio nome e não mais utilizar o dedo
polegar, como fez durante mais de 40 anos. “Estou muito emocionada. Antes
de aceitar o convite da
professora para estudar eu tinha que colocar o dedo em
tudo. Não sabia ler. Hoje consigo assinar meu nome e consigo me expressar”,
contou a alfabetizanda.
O Brasil
Alfabetizado acontece em parceria com as Prefeituras. Para a Secretária
Municipal de Educação, Maria Aparecida Marcondes |Rosestolato, que começou sua
carreira no magistério como professora do antigo MOBRAL, a leitura liberta. “O
conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de vocês. A educação e a
saúde são as meninas dos olhos do prefeito Nelson Bornier, que já inaugurou
cinco novas escolas desde que assumiu”, revelou Aparecida, que disse se sentir
honrada e orgulhosa por ver que um grupo grande número de pessoas venceu as
dificuldades e saiu do analfabetismo.
Do total
dos 1.730 alunos que se inscreveram nas 123 turmas, 900 estão alfabetizados e
serão encaminhados às escolas que oferecem a modalidade de Ensino de Jovens e
Adultos (EJA). A equipe da Subsecretaria de Projetos Especiais, que cuida
da gestão do BA orienta os coordenadores e alfabetizadores a estimularem os
alunos a continuar os estudos. “A vida passou a ter outro sentido pra vocês.
Reconhecer o ônibus pelo nome e não só pelo número é uma vitória”, disse a
Subsecretária de Projetos Especiais, Niara Margarida Mata.
O diretor
de cultura, Marcelo Borghi também participou da solenidade e fez questão de
ajudar na certificação dos alunos.
Alegria
O
aposentado José Martins, 69 anos, foi um dos que recebeu o certificado. Ele
contou que sempre teve vontade de aprender a ler, mas não tinha tempo para
estudar. José frequentava a sala de no bairro de Miguel Couto, onde mora.
“Estou muito feliz por ter vencido esta dificuldade. Agora já sei escrever meu
nome e isto é uma grande alegria”, contou emocionado.
Com 16
netos e quatro bisnetos, a dona de casa Maria dos Anjos da Silva, 67 anos,
agarrou a nova oportunidade para deixar para trás o analfabetismo. “Quando
criança não tive condições de estudar. Trabalhava na roça e tinha que ajudar em
casa. Não estudei, mas todos os meus filhos frequentaram a escola”, relatou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário