Costa do Marfim leva a melhor na copa da educação

As escolas municipais de Nova Iguaçu continuam apostando na Copa na África do Sul. Em Vila de Cava, os alunos da Escola Municipal Profª. Irene da Silva Oliveira escolheram as seleções de Portugal e Coréia do Sul para disputar com a seleção brasileira. Além do futebol, o jogo de queimada também mobilizou os estudantes. Nesta categoria, o resultado não foi favorável para o time brasileiro. A vantagem ficou com a Costa do Marfim, que tirou a vitória de Portugal na disputada nesta terça-feira. Já a final do futebol da “Copa Irene 2010”, que seria disputada nesta quinta-feira, 24 de junho, foi adiada por causa da chuva.

As duas competições mostram que os alunos têm habilidades com mãos e pés. A prova disso é a quantidade de times formados nos dois turnos: oito pela manhã, com 64 meninas na queimada e 48 meninos no futebol e nove times à tarde com a participação de 54 meninos no futebol e 72 meninas na queimada.

As disputas esportivas têm a participação de torcidas organizadas e alguns estudantes tentaram levar para a “arquibancada” as famosas vuvuzelas. “A partir da escolha dos países que representariam, as crianças confeccionarão bandeiras e coletes para a torcida organizada.”, contou a diretora-adjunta, Joice Nunes.

Realizada na quadra da escola em dois turnos, os competidores tiveram o incentivo dos pais e dos colegas de turma. Ao todo, foram 112 estudantes pela manhã e 128 à tarde. O campeonato de futebol está sendo disputado por 102 meninos. Já as meninas mostraram que são boas de mira e levaram vantagem as que escolheram a Costa do Marfim para disputar o campeonato de queimada. Ao todo 139 alunas competiram em dois turnos, mas infelizmente, neste campeonato o Brasil não chegou à final. A medalha ficou para a seleção africana. Ao todo a escola vai premiar 56 estudantes com medalhas nas 1º, 2º e 3º colocações.

Merendeiras são contratadas pela Prefeitura de Nova Iguaçu

Depois de colocar em dia o pagamento das 320 merendeiras e 260 auxiliares de cozinha, a Prefeitura de Nova Iguaçu iniciou nesta segunda-feira, 21 de junho, a contratação temporária destes profissionais. A partir de agora, os 580 profissionais receberão R$ 510 mensais para trabalhar seis horas diárias. O cadastro está sendo realizado na Secretaria Municipal de Educação, em conjunto com a Secretaria Municipal de Administração, onde o contrato de trabalho será assinado após publicação de todos os nomes em diário oficial.

Com os salários pagos em 1º de junho e a contratação das merendeiras pela Prefeitura, a prefeita Sheila Gama cumpriu mais uma meta. Desde que assumiu há três meses, esta era uma das questões que mais a incomodava. Para regularizar os salários foram gastos R$ 696, 3 mil. As merendeiras e auxiliares de cozinha eram cooperativados e recebiam R$ 460 e R$ 310 respectivamente.

A previsão do Departamento de Recursos Humanos das duas secretarias é que o cadastro deve seguir até sexta-feira. Para agilizar o atendimento, até mesmo a secretária adjunta de Recursos Humanos, Rojane Dib, está ajudando no cadastramento do pessoal, que deve comparecer ao setor munido de comprovante de escolaridade, CPF, comprovante de residência e documento de identidade (RG). O atendimento na Secretaria Municipal de Educação é das 8h às 17h. A meta é atender pelo menos 100 pessoas por dia.

Merendeira há cinco anos, na Escola Municipal Darcilio Aires Raunheiti, Zulmara Soares da Conceição, 32 anos, estava comemorando a nova fase. “Achei ótimo ser contratada diretamente pela Prefeitura. Agora vou trabalhar com mais tranqüilidade e com a certeza de que vou receber meu salário”, disse ela, que carregava no colo a filha de um mês. A auxiliar de cozinha Jaqueline dos Santos Matos também estava ansiosa para fazer o novo cadastro. “Trabalho há cinco anos na Escola Municipal Abílio Ribeiro, em Cabuçu. Agora sei que poderei contar com o dinheiro no final do mês e replanejar minha vida financeira” comemorou.

Perto de completar 70 anos, na próxima semana, a merendeira Valdeia Souza Nascimento, da Escola Capitão Silvino de Azeredo, nem pensa em se aposentar. “Amo o que faço. Estou muito feliz em poder continuar trabalhando e viver uma nova fase”, contou.

Autismo é tema de palestra para professores de Nova Iguaçu

Cerca de 70 professores da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu participaram na manhã desta sexta-feira, 18 de junho, de uma palestra sobre autismo, na Universidade Gerado Di Biase. Ministrada pela professora Adjunta do Instituto de Psicoterapia de Roma/Itãlia, Mônica Nicola, teve como objetivo orientar os profissionais a lidar com esta disfunção global do desenvolvimento e descobrir e conhecer novas possibilidades de trabalhar com estes alunos.

A palestra faz parte da proposta de formação do Departamento Pedagógico por meio do setor de educação especial/inclusiva. De acordo com a professora Márcia de Almeida, a rede escolar de Nova Iguaçu tem 12 alunos autistas, além de estudantes com outras deficiências incluídos nas turmas regulares. Estes alunos recebem o atendimento educacional especializado na sala de recurso no contraturno.

As crianças autistas apresentam comprometimentos no relacionamento, na comunicação e no ambiente, mas segundo a psicanalista Mônica Nicola, isto não é impedimento para que os profissionais de educação deixem de trabalhar a inclusão desses alunos. Ela citou exemplos de crianças que não se expressam verbalmente, porém através da música estabelecem uma linguagem de comunicação. "É importante que o professor tenha sensibilidade e perceba as possibilidades de interação entre ele e o aluno", disse Mônica.

Para o professor da Escola Municipal Capistrano de Abreu, Luiz Cláudio Coelho, a palestra enriqueceu seu conhecimento. "Embora eu não tenha aluno autista na turma vim participar para ampliar meu conhecimento em relação ao tema. Lido com crianças com outro tipo de deficiência", disse o professor. Já a professora Raquel Nere vive esta realidade no Centro Municipal Educacional Paul Harris. "Achei muito interessante a classificação dos tipos de autismo. É legal saber que algumas crianças têm possibilidade de romper com alguns comprometimentos que o impedem de se comunicar e se socializar se forem estimuladas", relatou Raquel.

Rural terá curso de licenciatura em educação no campo

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Campi-UFRRJ) em Nova Iguaçu vai aprovar na nesta sexta-feira, 18 de junho a criação do curso de Licenciatura em Educação no Campo. O anúncio foi feito durante o Fórum Municipal da Educação no Campo, promovido pela Secretaria Municipal de Educação com a participação da sociedade civil, Movimento Social da Terra (MST), Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) e outras entidades ligadas a terra.

O Fórum aconteceu na tarde desta quarta-feira na UFRRJ e discutiu a adaptação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas 12 escolas de campo de Nova Iguaçu. A abertura foi feita pelo Secretário Adjunto Pedagógico, Reginaldo Bastos, que falou do empenho da nova equipe para dar qualidade à educação de Nova Iguaçu. “A educação é o caminho para a liberdade humana”, enfatizou. Ele também falou da importância de a escola estar inserida no contexto local, referindo-se as particularidades das escolas de campo, cujas entidades e professores defendem um currículo diferenciado nas unidades escolares instaladas nas áreas urbanas.

Durante três horas foram debatidos três eixos temáticos: educação, trabalho e território.
No caso da educação, a professora de história da UFRRJ, Roberta Lobo, lembrou que as conquistas do campo sempre foram marcadas pela organização e luta. Foi dela também a notícia de que Rural terá no segundo semestre o curso de licenciatura de educação no campo voltado para assentados e filhos de assentados rurais com 60 vagas para todo o estado do Rio de Janeiro. Também acontecerá na Rural, um curso de extensão em educação e direitos humanos.

Já Ana Beatriz Carvalho, da direção estadual do MST, falou da relação do trabalho e educação. Para ela, o trabalho deve ser humaniza dor e não alienante. “O trabalho no campo é visto como princípio educativo nas relações de convivência. Não tem caráter explorativo”, disse Ana, citando preocupação com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela também defende um currículo contextualizado com sujeitos do campo.

No caso do território, a subsecretária de Agricultura, Ana Paula Guimarães, falou da importância da valorização do campo na área da produção agrícola. Só para se ter uma idéia, a cidade chega a movimentar R$ 10 milhões/ano através da agricultura familiar.

Mães entram em campo em escola na Cerâmica

Não serão apenas os jogadores da seleção brasileira que estarão em campo nesta Copa do Mundo na África do Sul. As mães dos estudantes da Escola Municipal Estanislau Ribeiro do Amaral, localizada no bairro Cerâmica, darão um show de bola na “Copa das Mães”, no dia 18 de junho, a partir das 13h30. Pelo menos 200 mães vão mostrar no campeonato, que além de fazer a lição de casa com os filhos também são boas de bola.

Além da disputa em campo, as mães participarão de oficinas de confecção de bijuterias com materiais recicláveis, reaproveitamento de garrafas pet e oficina de artes plásticas, com pintura de quadros e azulejos. Segundo Janaína Pereira, orientadora pedagógica da unidade, a realização do projeto tem como objetivo principal ensiná-las a produzir sem agredir o meio ambiente.

Simultaneamente a estas oficinas e ao jogo de futebol ocorrerão bingo de palavras africanas e diversas brincadeiras, como karaokê, imitação de artistas e corrida de ovo na colher. “Queremos com isso que as mães se interajam mais entre elas e, também, com os professores da unidade”, afirma Janaina.

A orientadora acrescenta, ainda, que além destas atividades que ocorrerão durante toda a tarde, as mães vão assistir a banda da turma de educação infantil e ao desfile de vestes africanas, feitas por alunos do 8º e 9º anos.

Dilcéia toma posse na educação de Nova Iguaçu

A posse da nova secretária Municipal de Educação de Nova Iguaçu,
Dilcéia da Rocha Quintela, foi marcada pela emoção na manhã desta
sexta-feira (11/6), na Escola Municipal Monteiro Lobato. A trajetória
política de Dilcéia, à frente da Federação das Associações de Bairro
de Nova Iguaçu onde trabalhou pela criação das creches comunitárias,
educação de jovens e adultos e habitação, foram fatores determinantes
na escolha da prefeita Sheila Gama (PDT), que durante a cerimônia de
posse reiterou a confiança na secretária. “Escolhi a pessoa certa para
assumir a pasta. Meus sonhos na educação serão realizados através
desta mulher. Foi uma escolha especial. Dilcéia é uma mulher de
fibra”, disse a prefeita.

Sheila falou também do compromisso com a educação. Ela informou que no
final do ano serão realizados concursos para a contratação de novos
professores, serventes, merendeiras e auxiliares, para que a
secretaria de educação tenha um quadro efetivo de profissionais.
“Resolvemos a pendência do pagamento das merendeiras e dobra dos
professores”, contou a prefeita.

Em seu discurso de posse, Dilcéia disse acreditar no trabalho coletivo
para que sua gestão seja marcada por êxito. “Meu compromisso é com a
educação de qualidade. Acredito no horário integral, que aqui em Nova
Iguaçu é representado pelo Bairro-Escola. Nossa proposta é aprimorar a
educação integral, que só é possível com trabalho coletivo”, afirmou a
secretária.

A solenidade contou com presenças de lideranças políticas e da
sociedade civil organizada. Todos com a mesma visão de otimismo. Para
a presidente da Confederação Nacional das Associações de Bairros
(Conam), Bartiria Lima, a educação não poderia estar melhor
representada. “Tudo que aprendi foi com Dilcéia. Se hoje estou na
Conam, que Dilcéia fundou, é por tudo que aprendi com ela”, disse ela,
lembrando do projeto Educar de educação de jovens e adultos, que
também foi criado na gestão da secretária á frente do MAB e da luta da
amiga pela criação das creches comunitárias.

A cúpula do PC do B também marcou presença. Estavam lá a presidente
estadual do partido, Ana Rocha, o deputados federal, Edmilson Valentin
e Jandira Feghali, do Comitê Central do partido. Para Jandira o fato
de Dilcéia conhecer a realidade da Baixada Fluminense e, sobretudo, de
Nova Iguaçu vai ajudar sua gestão. “Não basta ter conhecimento
técnico. Tem que conhecer a realidade. Dilcéia reúne as duas coisas”,
resumiu. Valentim tem a mesma visão. “Dilcéia tem compromisso com as
lutas sociais. Esta é mais uma etapa na militância dela, que trará
grande contribuição para o cenário local e nacional”, finalizou.

À cerimônia também compareceram o deputado Jorge gama, representando o
governo do estado, os vereadores Marcos Fernandes, Fernando Cid,
Nicolasina Guimarães, presidente da comissão de educação, Carlos
Ferreira, num total de 11 parlamentares. Além disso, lideranças
comunitárias dos municípios vizinhos, do Sindicato dos Profissionais
da Educação (Sepe), diretores de escolas, da União Brasileira de
Mulheres (UBM), secretários municipais, como Ernesto Baccherini, do
Planejamento e a chefe de gabinete de Sheila Gama, Sandra Gusmão e o
advogado Anadir Faria dos Santos, que ajudou nas lutas sociais do MAB.
Também mandaram representantes, o bispo da Diocese de Nova Iguaçu, Dom
Luciano Bergamin e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE), a quem a prefeita apadrinha há mais de 20 anos.